domingo, 25 de abril de 2010

Domingo Adoniran Barbosa

Hoje aconteceu uma homenagem à Adoniran Barbosa no parque Ibirapuera. Um lindo show com várias participações especiais como Demônios da Garoa, o próprio Ernesto (Arnesto), que marcou um samba no bexiga e deu o maior bolo, Arnaldo Antunes, Jair Rodrigues. Este último cantou, de forma emocionante, Bom dia Tristeza, composição de Adoniran e Vinícius de Moraes. Vai uma palhinha para vocês:

Bom Dia Tristeza
Que tarde tristeza
Você veio hoje me vê
Já estava ficando até meio triste
De estar tanto tempo longe de você

Se chegue, tristeza
Se sente comigo
Aqui, nesta mesa de bar
Beba no meu copo
Me dê o seu ombro
Que é para eu chorar
Chorar de tristeza
Tristeza da amar
Domingo de sol em SP!! Alegria!!!
Ótimo domingo a todos!!!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sexta-feira SP! Chuvinha cheirosa, molhada e gostosa. Bom fim de semana a todos!!!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Arde aqui dentro de mim uma louca vontade...

Medo do inesperado esperado. Auto controle amadurecido às vezes descontrola. Quando achamos que podemos sim controlar nossas vontades, pegar leve, não deixar que os desejos falem tão alto; quando as experiências vividas a cada dia nos fortalece e somos capazes de nos programar emocionalmente....pOWww!! O inesperado nos deixa completamente desprotegidos e expostos aos sentimentos......que vêm com força e arrasam nossa calma...é uma mistura de felicidade e tristeza, excitação e frustação...é o que nos faz tão... humanos!! Tudo tão ao extremo, rápido, uma explosão! Nosso corpo que, de tão perfeito, responde quase que imediatamente e se põe a gritar, pulsar, em convulsão. O racional tenta achar uma soluçao, uma equação que resolva esse problema, uma maneira de estancar a hemorragia, mas nossos neurotransmissores já foram liberados, a ordem já foi dada. Agora é só esperar.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Raul Córdula - 50 anos de Arte e Amor




Exposição Raul Córdula, meu pai amado, em comemoração aos seus 50 anos de artes plásticas!!



(...) Todos os rótulos, escolas, manifestos, radicalidades programáticas, dissipações cognitivas, todas as dissertações analítico-universitárias, cartografias desejantes, todos os excluídos, sem esquecermos o sentimento trágico do mundo nem o indispensável senso de humor. Todas e todos percorrendo a MEMÓRIA-DURAÇÃO-instauradora na história das artes implodindo em conteporaneidade. Perduração do olhar nas poeticidades. (...) Fecundas contradições da lei do desejo no corpo mutante dessas e outras INSTAURAÇÕES.



Jomard Muniz de Britto

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Viajar...

Viajar!!! Verbo com vários significados, mais com o mesmo sentido. Partir em viagem. Você pode viajar sem sair do lugar ou ir para longe... Ficar perto e está distante, viajar na música, no menino, no vinho. Uma viajem, no céu ou no mar de azul celestial, na highway, com a lua nova te paquerando todo o caminho, começando branquinha e ficando amarelada. Deitada na canga da praia, viajando nas constelações...de escorpion, cinturão de órion, saturno. Viajando nas palavras de uma retórica preparada de um político, que é também do povo, ou no discurso de um estudante militante que nem sabe ao certo porque tanta luta pelo coletivo, ou sabe. Viagem em uma música de um cara que um dia viajou muito ao entrar em estado de graça, algo além do nível basal de funcionamento cerebral, e foi longe em sua produção cultural. Raul Córdula, Tim Maia, Tom Zé, Luiz Gonzaga....Van Gogh,,, Galileu...todos com suas viajens...
Semana passada viajei bastante, fisicamente e a trabalho, mas com intensa contribuição pessoal, uma viajem espiritual, astral, carnal. Comecei por Mossoró, SBPC regional. Calor e gente tranquila. Uma viajem de minicurso, improviso e manha. Para espalhar a ciência pelo país, conhecer pessoas, mostrar para o povo que DNA e banana estão intimamente ligados. Depois, Rio de Janeiro..., que viajem. Primeiro, que cidade!! Como pode ser tão linda e boêmia!! Tanto samba e poesia, Lapa...Arcos...lembrei de meu pai, no dia de seu aniversário, viajando no bondinho da lapa, viajando em sua juventude, sua história, minha história.

Nunca tinha ido a um congresso ligado ao movimento estudantil. Delegada representante da UNIFESP, tinha direito a voto e voz. Grupo de discussão sobre políticas públicas, leis que regem nossa pós-graduação em âmbito nacional. Muita discussão, intensos conflitos de interesse, retórica, demandas, encaminhamentos, articulações. Lindo congresso, boemia. Cerveja para chegar a um estado de energia cerebral acima do normal, onde mora a criatividade. Abaixo do nirvana, acima do normal, entendem o que quero falar?? Noites sem dormir, taquicardia, mãos frias, complemento, satisfação plena e concreta...finalmente! Um beijo de boa noite, um samba mal dançado, um voto pela educação a distância. Sorrisos novos, palavras novas, idéias novas, viajens novas. A viajem é para todos os sentidos, e dentro de mim!! Quero viajar sempre, não posso mais parar!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Karina Buhr

Carnaval 2003. Olinda, Eu acho é Pouco, shows em pólos de animação em Olinda e Recife. Lembro que assisti a um show da banda Eddie, que trabalhava o seu CD Original Olinda Style. Eu me sentia a própria Original Olinda Style (eu sou, garota de Olinda, e tal). Repetia tanto esse slongan que minha madrasta, um dia desses, falou que ouviu em algum lugar a frase e pensou que alguém havia copiado de mim! Tinha 22 anos, muitos amigos e a alegria de um início de carnaval. Fui colombina pintada de azul, grega, ultra-violeta! Uma semana depois do carnaval, meu aniversário junto com o do meu irmão. Também inesquecível, um festão, churrasco com feijoada. Chovia, a casa cheia de goteiras...mas todos os amigos foram e dançamos na área de serviço. Ganhei o disco Eddie Original Olinda Style. Como gostava de "Pode me chamar que eu vou..." e "Me dê uma cachaça..", lembrava meu amigo Sapo. Mas havia um detalhe em uma música daquele cd, uma voz macia, doce, gostosa..de uma mulher chamada Karina Buhr. A voz suave de Karina com a grave e não menos macia de Fabinho Trummer combinavam, cativavam. E como. Eles cantavam a música "O céu", que fala do ofício dos familiares (dos autores?), pai, mãe, irmãos, que trabalhavam com faca, tesoura, pincél. A essa altura eu me identificava com tudo que as letras da banda falava. Via minha mãe no trecho "Trabalha com tesoura, tecido, com linha, botão... " e meu pai em "..trabalha com pincél, pintou o céu, trabalha com amor". Gostei! Fui a outro show do Eddie, mas não era comum a participação de Karina Buhr. Descobri que ela tocava em uma banda chamada "Comadre Florzinha". Fui atrás. Também me agradei muito, como era gostoso dançar ao som de "se o mal tiver aqui o mal vai ter que ir embora, que mal, que nada...". Assitir a Karina era bom. Algo como calmaria e volta pra casa. Mês passado, como quem não quer nada, entrei no facebook e vi uma nota de Junio Barreto falando do show de lançamento do CD sólo de Karina Buhr, no sesc Pompéia. Fui. Karina diferente. Deslumbrante. Bom. Muito bom. Muito melhor. Lindo show, linda performance. Karina lançou seu disco, intitulado "Eu menti pra você". Agora não consigo mais parar de ouvir. De novo.

TPM


...sensação que o mundo vai acabar...grito súbito ao cair um lápis da mão....
sentindo uma agitação do mundo.....agente pula contra a vontade do chão....
não tenho desejos...quero, não quero....líquido...linfa...
preocupação
ansiedade
falta de imaginação...quero voar...não quero
concentração, não mesmo
67, 68, 69!!!
fraqueza afetiva, tristeza repentina, choro fácil, sentimento de rejeição
impaciência
De repente, DEUS, por favor...água corrente na nuca, frio, calor...alívio
...e recomeça o ciclo, a vida, a alegria, a mulher..
uma taça de vinho, por favor!


Imagem: Frida Khalo
Inspiração: letra Karina Buhr (sem idéia)

domingo, 4 de abril de 2010


Feliz Páscoa!!